Intérprete do funeral de Mandela estrela comercial de aplicativo

Jantjie, agora, é a estrela do comercial do aplicativo LivelensApp, de um empresa israelense.



Quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, começou seu discurso no estádio Soccer City, em Johannesburgo, durante o funeral de Nelson Mandela, em dezembro de 2013, todos os presentes silenciaram para ouvi-lo. Os deficientes auditivos, teoricamente, poderiam acompanhar o que era dito através de um intérprete. Não passou da teoria: Thamsanqa Jantjie forjou termos e expressões e o que ele interpretava com as mãos era incompreensível ao público. Alçado à fama instantânea, o sul-africano chegou a alegar ser esquizofrênico na época mas, hoje, começa a colher frutos de sua falsa interpretação.



Jantjie, agora, é a estrela do comercial do aplicativo LivelensApp, de um empresa israelense. Na propaganda, o falso intérprete faz graça dele mesmo. “Olá, eu sou Thamsanqa Jantjie do funeral do Nelson Mandela”, começa ele. “Acreditem em mim, eu realmente sou um intérprete de línguas de sinais”, afirma ele, usando as mãos, enquanto o texto é narrado por uma voz feminina. “Eu sei falar a língua de sinais. Só que não”.

O garoto-propaganda da marca vinha sendo tratado em uma clínica psiquiátrica desde o funeral. Seu novo "cargo" rapidamente levantou questionamentos éticos e morais, tanto do suposto intérprete, quanto da empresa que o contratou. O presidente da Livelens, Mac Bluvband, tentou justificar a estratégia, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail. “No fim das contas, um cara esquizofrênico recebeu um salário e fez uma campanha legal. Nós vemos como uma história triste com um final feliz”, afirmou. As filmagens aconteceram durante o dia em que ele pode passar fora da clínica, em fevereiro.

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