Telexfree: vice-presidente do Senado diz que clientes 'entraram em roubada'

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), pela primeira vez se manifestou sobre o imbróglio envolvendo as empresas do chamado marketing multinível, investigadas por formação de pirâmide financeira --como Telexfree e BBom.

Viana usou a sua fan page no Facebook, nesta quarta-feira (23), para dizer que os divulgadores dessas empresas "entraram em uma verdadeira roubada".


Leiam o que Jorge Viana disse em sua fan page

SOBRE TELEXFREE

Jorge Viana diz- Com preocupação tenho acompanhado esta problemática de Telexfree e Bbom, do chamado marketing multinível. Mas, o que tenho visto é um verdadeiro drama de milhares de pessoas do Acre e de outros Estados, que de boa fé entraram numa verdadeira roubada. Não são donos de empresas, não são investidores e, além de não ganharem dinheiro, perderam o pouco que tinham.

Li a poucos dias que a Justiça liberou R$ 4 milhões para um dos proprietários desse negócio pagar a prestação da compra de um hotel.

Tomei conhecimento da iniciativa do Deputado Moisés Diniz de buscar apoio e apelar para que a justiça libere o dinheiro daqueles que viraram divulgadores poucos meses antes da intervenção judicial, que parou as atividades do Telexfree. Pessoas de boa fé que empenharam o pouco dinheiro que tinham ou que conseguiram juntar e agora passam extrema dificuldade. Isso não é justo.

O justo seria separarmos o joio do trigo. Se vai ter CPMI, condenação ou punição para alguns, isso é coisa das autoridades e da Justiça. A ideia do Moisés é boa. Marquei uma reunião com ele segunda-feira em Rio Branco para tratar desse assunto.

Abraços,
JV

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Ele citou o caso das empresas Bbom e Telexfree (Ympactus Comercial Ltda), e se disse preocupado com o "verdadeiro drama de milhares de pessoas do Acre e de outros Estados".

"Não são donos de empresas, não são investidores e, além de não ganharem dinheiro, perderam o pouco que tinham", escreveu.

A Telexfree, que vende planos de minutos de telefonia de voz sobre protocolo de internet (VoIP na sigla em inglês), foi proibida de operar no final de junho por acusação de praticar pirâmide financeira. A operação do negócio está bloqueada, por tempo indeterminado, a pedido do MP-AC (Ministério Público do Acre).

A Bbom fornece rastreadores de veículos e também está com as atividades bloqueadas.

Viana citou a decisão da juíza Thaís Khalil, responsável pelo processo da Telexfree, de liberar parte do dinheiro bloqueado da empresa para sanar dívidas relativas à construção de um hotel no Rio de Janeiro. A decisão ocorreu na semana passada.

Viana ainda comentou que a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) deve ajudar a separar "o joio do trigo".

Uma reunião em Rio Branco (AC) na próxima segunda-feira (28) com representantes do Comitê Telexfree, criado por parlamentares do Estado, irá tratar sobre a possibilidade de apelação à Justiça para que seja liberado o dinheiro dos investidores que entraram na empresa meses antes da intervenção judicial.

Segundo o MP, cerca de 1 milhão de pessoas fazem parte da Telexfree em todo o Brasil.

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