No Piauí, maternidade amontoa bebês num mesmo leito

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As fotos foram enviadas à imprensa com a seguinte mensagem: “Muitas crianças sadias são mantidas por até três dias no mesmo berço com outras que têm patologias, correndo risco de infecção ou até mesmo de morte. A sala RN (de recém-nascidos) fica superlotada de bebês sadios esperando vaga no berçário, e aqueles com patologia aguardam para serem levados à UTI, que tem apenas 20 vagas”.
Francisco Martins, diretor da maternidade, informou que o hospital possui 230 leitos, faz uma média de 30 a 40 partos por dia e mil todos os meses. Para ele, a foto foi montada.
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Saudáveis e doentes. Crianças juntas naMaternidade Dona Evangelina Rosa Divulgação |
Martins reconhece, no entanto, que, quando há seis partos simultâneos, “não há espaços para alojar todos os bebês”.
— A maternidade é moldada. Sua estrutura é comprometida e não tem como aumentar o número de leitos
— disse Martins, que recebe gestantes do interior.
A promotora Cláudia Seabra, da Curadoria de Defesa e Promoção da Saúde da Procuradoria Geral de Justiça do Piauí, disse que a superlotação poderia ter sido resolvida se a unidade tivesse cumprido a recomendação do MP, que solicitou a aquisição de 74 novos berços e incubadoras em dezembro de 2012.
— Esta situação é uma aberração porque fere o bom senso. Recém-nascidos não podem dividir o mesmo leito. Além disso, trabalhar sem a quantidade mínima de profissionais não é aceitável.
Fonte: oglobo